''O cristão vive não em si mesmo, mas em Cristo e no próximo. De outro modo, ele não será um cristão''. Lutero
domingo, 25 de novembro de 2012
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Voltando ao primeiro amor (1)
Quem não se lembra dos primeiros dias na presença
do Senhor, da descoberta do sobrenatural... parecia que estávamos novinhos em
folha, longe da condenação que nos assolava, sem o peso do pecado, sentido a
doce liberdade do Espírito Santo em nós.
Era como se tivéssemos realmente nascido de novo e
já estivéssemos ansiosos para dar os primeiros passos. O fogo
queimava em nossos corações por mais de Deus, e cada minuto, cada hora, cada
dia na presença do Senhor nos parecia muito pouco. Mergulhávamos fundo em cada
palavra, e cada descoberta era um impulso pra mais perto de Deus.
Culto, célula, escola de líderes, vigília,
intercessão ou qualquer coisa que nos envolvesse na obra era o nosso prazer;
sempre estávamos a toda, prontamente dispostos a servir Àquele maravilhoso
Deus, que agora não conhecíamos só de ouvir falar.
Como ansiávamos pela Sua presença. Parecia até que
o mundo tinha mais cor!
E o evangelho então?! Falar de Seu amor era a nossa
paixão, e a fonte de águas vivas que estava em nós jorrava ao mesmo tempo em
que nos enchia cada vez mais, conforme falávamos do nosso grande Rei.
Ahhh... Nossa alma suspirava!!!
Mas peraí...
Você deve ter reparado que tudo o que eu escrevi
foi no passado né?! Pois é, estou me referindo ao primeiro amor, as primeiras
experiências com Deus, o nosso primeiro sopro de vida espiritual.
Foi com muito pesar que escrevi palavras tão
lindas me referindo ao passado, pois muitas vezes esta não é mais a realidade
em que estamos vivendo. O primeiro amor tem se perdido de nós...temos deixado,
muitas vezes que aquele fogo que ardia em nós se transforme em uma brasinha de
domingo.
Mas este tão lindo amor não se perdeu pra sempre,
pois o mesmo Deus que nos inspirou, que fez arder este tão grande amor em
nossos corações não mudou, e Ele ainda habita em nós.
Quando éramos crianças e ganhávamos um brinquedo
novo, era essa a nossa alegria ,durante uma semana, ou no máximo um mês.
Passávamos o tempo que podíamos descobrindo o máximo sobre aquele brinquedo, e
enquanto era uma novidade, enquanto nos divertia éramos "fiéis" a
ele, brincando todos os dias sem falta e o colocando como primeiro em nosso
ranking de brinquedos mais divertidos. Mas passavam-se uma semana, um mês e
esse brinquedo ia perdendo a graça pra nós, pois nós já o conhecíamos por completo,
nós não esperávamos mais nada dele, então o abandonávamos, e o deixávamos de
lado, pegando poeira no armário ou embaixo da cama. Logo começávamos a encher o
saco da nossa mãe por um brinquedo novo (fato!)
Me entristeço em dizer que nosso precioso Deus
muitas vezes tem sido tratado como este brinquedo velho. Às vezes até por
nós mesmos. Enquanto Deus é novidade, enquanto sentimos um "arrepio",
somos fiéis, mas chega um ponto que pensamos que Deus não tem mais nada pra nos
oferecer, que já conhecemos o suficiente e então o deixamos (mesmo sem
perceber) no cantinho.
O Senhor não é Deus de mesmice, Ele sempre
fez e faz coisas inusitadas na vida de quem O busca quem está disposto a viver
uma vida de novidades. Quem paga o preço pra viver uma vida com Deus nunca fica
entediado.
Por acaso abrir o mar vermelho é algo normal,
cotidiano? O sol para todo dia? É todo dia que os mortos ressuscitam? Que os
cegos enxergam?
Isso não é normal, nem acontece na vida de qualquer
um, mas aconteceu na vida daqueles que pagaram um preço de fidelidade ao
Senhor.
Não podemos deixar essa chama se apagar. Temos que
ser renovados todos os dias.
Esta mensagem foi lida durante uma reunião dos jovens, encontrada na internet. Se você é o autor entre em contato comigo.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Minha máscara diária
Comecei a refletir sobre as músicas que ouço, elas fazem declarações lindas de amor a Deus, dizem que O ama mais do que tudo, de que Ele é o centro de tudo o que desejamos e por aí vai. Fazendo um auto-exame de consciência percebo que estou bem longe desse amor tão idealizado nas canções. Nem sei fazer essas declarações de amor a Deus e nem me acho tão apaixonada assim. Lembrando que o primeiro mandamento é:
''Amarás, pois,
ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.''
Marcos 12.30
Então na hora
do culto geralmente coloco uma máscara, finjo estar sentido aquilo que o cantor
está dizendo na música... mas é pior, porque me sinto uma hipócrita, então
resolvo me calar, ouvir a letra, pedir que Deus me deixe do jeito que Ele quer
e não como a pessoa da música diz. Sei que Deus procura verdadeiros adoradores
que O adorem em espírito e em verdade, mas lembro que adorar vai além de cantar
e de fazer declarações apaixonadas, adorar envolve ter atitudes que provem esse
amor, espero que minhas atitudes sejam dignas do meu Mestre.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Sem cera
Na Roma Antiga, os interessados mandavam esculpir estátuas para adorno de seus palácios. Diversas vezes o escultor encobria pequenos defeitos do mármore, comprimindo cera nos lugares onde havia falhas. Com o tempo, a cera se desfazia e o buraco aparecia, depreciando a peça. Por isso, alguns mais atilados, quando faziam a encomenda, pediam: "Sine cera". Dai nos vieram as palavras: sincera, sincero, sinceridade e derivados.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Arrancando os rótulos
Alguém já percebeu que temos uma
dificuldade imensa de sermos o que somos sem rótulos ou obrigação de termos uma
postura fixa sobre algo, uma posição política apartidária ou uma tendência
teológica que foque na Bíblia e não em correntes pré-estabelecidas?
Fazemos isto em todas as áreas da
vida, podendo ser percebida esta tendência de posições extremas desde pequenos,
quando já as nossas aptidões começam aflorar. Raramente uma criança que gosta
de esportes será um leitor aplicado ou vice-versa. Mas alguém pode questionar
se isto não seria algo natural e pessoal.
Sim! É claro! Mas conheço muita
gente que gosta de esportes e acredita que não poderá ter intimidade com livros
ou pessoas aplicadas às letras que não fazem exercícios porque acostumaram com
a fama de “nerd”. O curioso é que em ambos os casos eles só se libertam do
preconceito na fase adulta, quando já aprenderam a lidar com opiniões
contrárias.
Fiz esta pequena introdução pra
iniciar a reflexão dos caminhos e posições que adotamos quando convertemos ao
evangelho.
Pra começar, dificilmente
conseguiremos imaginar alguém se convertendo sem estar ligado a alguma
denominação, pois esta ideia em nossa visão ocidental institucional é algo
impossível. E é daí que começamos a nos dirigir aos extremos.
Primeiramente, há denominações
tradicionais ou históricas e pentecostais. E como se não bastasse, dentro das
tradicionais há alas naturalmente conservadoras e as mais propensas ao
pentecostalismo, que por sua vez, também possuem estas alas, só que invertidas.
Enquanto no meio histórico o bom é ser conservador, no meio pentecostal ser
conservador é ser “frio”, portanto, repreensível. Sem contar que tanto no meio
tradicional quanto no pentecostal ainda há pessoas inclinadas a terceira corrente,
o neo-pentecostalismo, que não considero extremo, pois não segue nenhum
paradigma das anteriores, criando suas próprias leis e regras de acordo com
suas próprias conveniências pessoais.
Diante destas questões é fácil
concluir que fatalmente teremos que optar primeiro por uma denominação dentro
das nossas convicções teológicas e num segundo momento, não tem jeito, se não
nos posicionarmos, alguém terá o trabalho de nos rotular de alguma forma.
Em um determinado momento, pra
não ser sufocado pela hipocrisia ou afastamento da fé, tive que romper com
estas amarras e declarar em alto e bom som que não era evangélico, nem
pentecostal, nem arminiano, nem calvinista, nem pré/pós milenista ou qualquer
outra classificação que queiram dar.
Sou um cristão que tem a Bíblia
como única regra de fé e prática, portanto:
1. Creio em um único Deus subsistente eternamente
nas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
2. Creio
em um plano de salvação como fruto do amor de Deus por nós, manifestado pela
doação do seu único filho para que por Ele fôssemos salvos. Que ao morrer e
ressuscitar, Jesus deixou o Espírito Santo, o Consolador que nos convence do pecado
e nos reveste com poder. Não perco tempo em vãos debates sobre predestinação ou
livre-arbítrio, pois se fui eleito ou se tive opção, o que importa é que a
Bíblia ensina que o que perseverar até o fim será salvo. Portanto, eu tenho é
que ficar na presença do Senhor, independente de tudo. É isto que a Bíblia
ensina, o resto é embate de teólogos pra ver que é o mais “entendido” da
Palavra.
3. Creio
no céu e no inferno e que Cristo virá pra nos arrebatar. E apesar de conhecer
as principais correntes escatológicas, prefiro apenas aguardar a vinda do
Senhor me santificando e dedicando às questões claras do dia-a-dia, sem
discussões sobre épocas e eventos, apenas aguardando e enfrentando o que vem
pela frente com orientação a bíblica.
Isto é o que creio e isto é o que
sou sem rótulos ou partidos eclesiásticos.
O objetivo deste post é te
desafiar a ser um cristão bíblico no exemplo dos bereanos, sem rótulos, mas com
as marcas de Cristo, em harmonia com a família, comunhão com a Igreja e dando
bom testemunho aos que ainda estão de fora.
Por Gígio Campos
@Gigio_Campos
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