Ele próprio, carregando a sua cruz, saiu... (João
19.17.)
‘Há uma
poesia chamada "A Cruz Trocada", que fala de uma mulher que, muito cansada,
achou que a sua cruz era mais pesada do que a das pessoas à sua volta, e
desejou trocá-la por outra. Certa vez sonhou que tinha sido levada a um lugar
onde havia muitas cruzes, de diversos formatos e tamanhos. Havia uma bem
pequena e linda cravejada de ouro e pedras preciosas. "Ah, esta eu posso
carregar facilmente",
disse ela.
Então tomou-a; mas seu corpo frágil estremeceu sob o peso daquela cruz. As
pedras e o ouro eram lindos, mas o peso era demais para ela. A seguir viu uma bonita
cruz, com flores entrelaçadas ao redor de seu tronco e braços. Esta seria a
cruz ideal, pensou. Então tomou-a, mas sob as flores havia espinhos, que lhe
feriram os ombros.Finalmente, mais adiante, viu uma cruz simples, sem jóias,
sem entalhes, tendo apenas algumas palavras de amor inscritas nela. Pegou a, e
viu que era a melhor de todas, a mais fácil de carregar. E enquanto a contemplava
banhada pela luz que vinha do céu, reconheceu que era a sua própria cruz. Ela a
havia encontrado de novo, e era a melhor de todas, e a que lhe pareceu mais
leve. Deus sabe melhor qual é a cruz que devemos levar. Nós não sabemos o peso
da cruz dos outros. Invejamos uma pessoa que é rica; a sua cruz é de ouro e
pedras preciosas, mas não sabemos o peso que tem. Ali está outra pessoa cuja
vida parece muito agradável. Sua cruz está ornada de flores. Se pudéssemos
experimentar todas as outras cruzes que julgamos mais leves do que a nossa,
descobriríamos por fim que nenhuma delas é tão certa para nós como a nossa. — (Glimpses through Life's
Window J. R. Miller.)’
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