Quem não se lembra dos primeiros dias na presença
do Senhor, da descoberta do sobrenatural... parecia que estávamos novinhos em
folha, longe da condenação que nos assolava, sem o peso do pecado, sentido a
doce liberdade do Espírito Santo em nós.
Era como se tivéssemos realmente nascido de novo e
já estivéssemos ansiosos para dar os primeiros passos. O fogo
queimava em nossos corações por mais de Deus, e cada minuto, cada hora, cada
dia na presença do Senhor nos parecia muito pouco. Mergulhávamos fundo em cada
palavra, e cada descoberta era um impulso pra mais perto de Deus.
Culto, célula, escola de líderes, vigília,
intercessão ou qualquer coisa que nos envolvesse na obra era o nosso prazer;
sempre estávamos a toda, prontamente dispostos a servir Àquele maravilhoso
Deus, que agora não conhecíamos só de ouvir falar.
Como ansiávamos pela Sua presença. Parecia até que
o mundo tinha mais cor!
E o evangelho então?! Falar de Seu amor era a nossa
paixão, e a fonte de águas vivas que estava em nós jorrava ao mesmo tempo em
que nos enchia cada vez mais, conforme falávamos do nosso grande Rei.
Ahhh... Nossa alma suspirava!!!
Mas peraí...
Você deve ter reparado que tudo o que eu escrevi
foi no passado né?! Pois é, estou me referindo ao primeiro amor, as primeiras
experiências com Deus, o nosso primeiro sopro de vida espiritual.
Foi com muito pesar que escrevi palavras tão
lindas me referindo ao passado, pois muitas vezes esta não é mais a realidade
em que estamos vivendo. O primeiro amor tem se perdido de nós...temos deixado,
muitas vezes que aquele fogo que ardia em nós se transforme em uma brasinha de
domingo.
Mas este tão lindo amor não se perdeu pra sempre,
pois o mesmo Deus que nos inspirou, que fez arder este tão grande amor em
nossos corações não mudou, e Ele ainda habita em nós.
Quando éramos crianças e ganhávamos um brinquedo
novo, era essa a nossa alegria ,durante uma semana, ou no máximo um mês.
Passávamos o tempo que podíamos descobrindo o máximo sobre aquele brinquedo, e
enquanto era uma novidade, enquanto nos divertia éramos "fiéis" a
ele, brincando todos os dias sem falta e o colocando como primeiro em nosso
ranking de brinquedos mais divertidos. Mas passavam-se uma semana, um mês e
esse brinquedo ia perdendo a graça pra nós, pois nós já o conhecíamos por completo,
nós não esperávamos mais nada dele, então o abandonávamos, e o deixávamos de
lado, pegando poeira no armário ou embaixo da cama. Logo começávamos a encher o
saco da nossa mãe por um brinquedo novo (fato!)
Me entristeço em dizer que nosso precioso Deus
muitas vezes tem sido tratado como este brinquedo velho. Às vezes até por
nós mesmos. Enquanto Deus é novidade, enquanto sentimos um "arrepio",
somos fiéis, mas chega um ponto que pensamos que Deus não tem mais nada pra nos
oferecer, que já conhecemos o suficiente e então o deixamos (mesmo sem
perceber) no cantinho.
O Senhor não é Deus de mesmice, Ele sempre
fez e faz coisas inusitadas na vida de quem O busca quem está disposto a viver
uma vida de novidades. Quem paga o preço pra viver uma vida com Deus nunca fica
entediado.
Por acaso abrir o mar vermelho é algo normal,
cotidiano? O sol para todo dia? É todo dia que os mortos ressuscitam? Que os
cegos enxergam?
Isso não é normal, nem acontece na vida de qualquer
um, mas aconteceu na vida daqueles que pagaram um preço de fidelidade ao
Senhor.
Não podemos deixar essa chama se apagar. Temos que
ser renovados todos os dias.
Esta mensagem foi lida durante uma reunião dos jovens, encontrada na internet. Se você é o autor entre em contato comigo.
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