Estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente. 2 Cor. 3:3.
Nos dias em que Paulo escreveu essas palavras, as
cartas eram geralmente escritas sobre papiros, um material feito de um junco
que crescia ao longo das margens do rio Nilo. Nossa palavra "papel" é
derivada de papiro. Já vi muitas dessas cartas nos grandes museus do mundo;
talvez você as tenha visto também.
O tipo do manuscrito indica que a maioria dessas
cartas era escrita não pelo remetente da mensagem, mas por um escriba cuja
função era justamente escrever cartas. Os escribas eram uma necessidade naquela
época, porque poucas pessoas sabiam ler ou escrever. Algumas dessas epístolas
são cartas comerciais; outras tratam de assuntos de vida ou morte; outras,
ainda, são cartas de amor.
Quando comecei a trabalhar como aspirante ao
ministério em Santa Rosa, na Califórnia, deram-me uma escrivaninha e uma velha
cadeira que tinham pertencido a um antigo pastor. Davam evidências de terem
sido guardadas por longo tempo e de não terem sido limpas por muitos anos.
Logo depois que a escrivaninha passou às minhas mãos,
comecei a limpá-la. Puxei todas as gavetas para fora e fiquei surpreso com o
que encontrei. Algumas cartas haviam caído por trás de uma das gavetas. Estavam
amassadas, amareladas e traziam o carimbo do correio que confirmava sua
"antiguidade".
Não tenho o hábito de ler a correspondência de outras
pessoas, mas fiz uma exceção naquela vez, porque não conhecia nem o remetente
nem o destinatário das cartas. Mas devo confessar que o conteúdo delas me
inspirou o desejo de conhecer aquelas pessoas. Que vislumbres me deram sobre o
caráter dos correspondentes!
No verso para nossa meditação, o apóstolo Paulo diz
que os cristãos de Corinto eram cartas escritas por Cristo e entregues ao
mundo. Nós também somos epístolas conhecidas e lidas "por todos os
homens". Versículo 2. Quão importante, então, é que a mensagem
transmitida por nosso viver seja coerente com o que professamos.